Religião

6 LINDAS POESIAS SUFI

Você é uma pessoa mística? Então com certeza vai adorar estes 6 poemas sufis! Tenha uma boa leitura:

 

1. A EVOLUÇÃO DA FORMA

Toda forma que vês
tem seu arquétipo no mundo sem­lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
permanece o original.
As belas figuras que viste,
as sábias palavras que escutaste,
não te entristeças se pereceram
Enquanto a fonte é abundante,
o rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos dois se detém?
A alma é a fonte,
e as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.Tira da cabeça todo o pesar
e sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo – um punhado de pó –
vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,
entra naquele oceano,
e que tua gota se torne mar,
cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo
e diz sempre “Um” com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.

Rumi

 

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2. POESIA SUFI

Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.


Como pode isto ser segredo para ti?
Finalmente, foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo – um punhado de pó –
vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.

Rumi

 

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3.­ APRENDENDO COM OS ERROS

O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade,
enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-­se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e
começa a viagem de volta.
Você não me ensinou nada hoje­ diz o aprendiz, levando mais um tombo.
Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te ensinar
como se lida com os erros da vida.
E como lidar com eles?
– Como deveria lidar com seus tombos­ respondeu o mestre­ Em vez de ficar amaldiçoando o
lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.

Poesia Sufi

 

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4. A CASA DE HÓSPEDES

O ser humano é uma casa de hóspedes.
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos
Mesmo que seja uma multidão de dores
Que violentamente varrem sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia,
encontre­-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem,
porque cada um foi enviado
como um guardião do além.

 

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5. O MAR É UMA COISA…

a espuma, outra;
Esquece a espuma e contempla o mar noite e dia,
Tu olhas para a ondulação da espuma e não para o poderoso mar.
Como barcos, somos jogados daqui para ali,
Somos cegos, embora estejamos no brilhante oceano.
Ah! tu que dormes no barco do corpo,
Tu vês a água; contempla a Água das águas!
Sob a água que tu vês há outra água que a move,
Dentro do espírito há um espírito que o chama.”

Rumi

 

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6. POESIA SUFI

Pudesse a árvore vagar
E mover­se com pés e asas,
Não sofreria os golpes do machado
Nem a dor de ser cortada.
Não errasse o sol por toda a noite,
Como poderia ser o mundo iluminado
A cada nova manhã?
E se a água do mar não subisse ao céu,
Como cresceriam as plantas
Regadas pela chuva e pelos rios?
A gota que deixou seu lar, o oceano,
E a ele depois retornou,
Encontrou a ostra à sua espera
E nela se fez pérola.
Não deixou José seu pai
Em lágrimas, pesar e desespero,
Ao partir em viagem para alcançar
O reinado e a fortuna?
Não viajou o Profeta
Para a distante Medina
Onde encontrou novo reino
E centenas de povos para governar?
Faltam­-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
E reflete, como a mina de rubis ,
Os raios de sol para fora de ti.
A viagem te conduzirá a teu ser,
Transmutará teu pó em ouro puro.
Ainda que a água salgada
Faça nascer mil espécies de frutos,
Abandona todo amargor e acidez
E guia­-te apenas pela doçura.
É o Sol de Tabriz que opera todos os milagres:
Toda árvore ganha beleza
Quando tocada pelo sol.


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