1. Muito além do jardim
Desde os primeiros dias na empresa, uma pessoa conseguiu chamar a minha atenção porque, muito embora o ambiente ali seja extremamente agradável, o “seu Vavá” – nosso jardineiro – conseguia superar isso pelo seu constante bom humor e amor pelo que faz.
Procurei desde cedo me aproximar dele – o que, convenhamos, é uma tarefa extremamente fácil – em busca de um relacionamento mais amplo. Isso foi ainda mais fácil porque, a exemplo do “seu Vavá”, também sou um “pássaro madrugador”. Assim, por volta das sete horas da manhã, já trocamos os habituais cumprimentos de bom dia, como vai, as novidades de ontem e de hoje, o futebol, etc.
Num belo dia, não satisfeito com o estilo “piloto automático” dos meus contatos com ele, resolvi aprofundar nosso papo e perguntei ao “seu Vavá” o que ele estava fazendo. Confesso que eu esperava uma resposta do tipo: “Estou podando e regando as plantas e flores.” Mas ele me surpreendeu dizendo apenas:
– Estou deixando a empresa mais bonita.
A partir desse momento, desliguei o “piloto automático” e pude conhecer um pouco mais o jardineiro que trabalha nesta empresa desde 1983 e que sempre tem um fantástico sorriso capaz de contagiar a todos e uma sabedoria e amor por seu trabalho que motivam a todos nós e parece ser reconhecido pelas plantas e pelas flores. Pude observar que, quando o “seu Vavá” sai de férias, elas sentem a sua falta, pois não ficam tão viçosas, mesmo sendo bem tratadas por outro jardineiro. “Seu Vavá” criou um local que carinhosamente chama de UTI, onde flores e plantas são cuidadosamente tratadas, com uma recuperação muito acima dos padrões normais. O segredo, segundo ele, é o amor e o prazer de fazer o trabalho bem-feito.
Não tenho dúvidas em afirmar que “seu Vavá” nos ensina todos os dias uma lição fundamental: a busca contínua pelo prazer de fazer seu trabalho com amor, e saber que sempre existe um patamar superior em tudo o que fazemos.
“Seu Vavá” (seu nome verdadeiro é Lourival Ferreira da Graça), muito obrigado pelas lições de vida e amor pelo trabalho, e que Deus o abençoe sempre.
Roberto Zardo
No livro: Espírito de Cooperação no Trabalho
2. Autoestima
Se um dia alguém fizer com que se quebre a visão bonita que você tem de si, com muita paciência e amor, reconstrua-a.
Assim como o artesão recupera a sua peça mais valiosa que caiu no chão, sem duvidar de que aquela é a tarefa mais importante, você é a sua criação mais valiosa.
Não olhe para trás. Não olhe para os lados.
Olhe somente para dentro, para bem dentro de você e faça dali o seu lugar de descanso, conforto e recomposição.
Crie este universo agradável para si. O mundo agradecerá o seu trabalho.
Autor desconhecido
3. elogio
Numa cidade vivia um homem que todos diziam ser o protótipo da maldade. Ele morava sozinho, não tinha amigos, não permitia que ninguém passasse em sua calçada, detestava animais, quando a bola dos garotos caía em seu quintal ele a furava, e por isso todo mundo dizia que quando ele morresse não haveria quatro pessoas para carregar seu caixão.
Na mesma cidade, vivia outro cidadão que tinha uma peculiaridade: gostava de acompanhar todos os enterros que ali ocorriam e no cemitério fazia questão de, antes do caixão descer ao túmulo, enaltecer as qualidades do falecido. Um dia, nosso primeiro personagem, o homem ruim, morreu. E na cidade onde havia corrido o dito de que não haveria quatro homens para carregar seu caixão, o que aconteceu? Foi o enterro mais concorrido de que já haviam tido notícia, não pelo morto, e sim por aquele nosso outro personagem que costumava fazer discursos elogiosos aos mortos. Todos queriam ouvir as qualidades que ele tinha para enaltecer no morto.
A população compareceu em peso ao cemitério e na hora que o caixão desceu ao túmulo todos os olhos se voltaram para o homem que elogiava. E ele disse: — Coitado, ele assobiava tão bem…
Por pior que seja a pessoa, sempre há alguma coisa para se elogiar nela.
Autor desconhecido
4. Se cada um fizer a sua parte
Uma floresta, onde viviam animais de espécies variadas, certo dia se incendiou, e seus habitantes ficaram desesperados, sem saber o que fazer.
O leão urrava, o macaco corria de um lado para o outro, o coelho, com sua agilidade, sumiu no meio do mato e outros animais se reuniram para discutir qual seria o destino de todos. Enquanto a reunião se realizava, os animais observaram que um passarinho voava até um regato, pegava água em seu biquinho, molhava as asas e ia até o local onde estava o fogo. Viram essa operação se repetir inúmeras vezes. Então, o elefante, um dos participantes daquela reunião, resolveu matar a curiosidade de todos e interpelou o passarinho:
— Passarinho, o que está fazendo? Venha se unir a nós… Estamos aqui discutindo como será possível acabar com todo este fogo que assola a nossa floresta.
O passarinho respondeu:
— Não posso… Estou tentando apagar este incêndio que tanto mal está nos fazendo.
— Mas, passarinho — disse o elefante —, você por acaso pensa que sozinho poderá acabar com este fogo?
E o passarinho respondeu:
— Se cada um de vocês fizesse a sua parte e viesse me ajudar, o fogo poderia acabar mais rapidamente.
Autor desconhecido
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